2.08.2005

Importância indevida

Continua a campanha eleitoral a todo o gás. Agora a polémica saltou para dentro da Igreja (wow! Que novidade!) devido à homilia de um qualquer Sr. abade de uma qualquer freguesia transmitida numa rádio.
1. A Igreja Católica sempre se imiscuiu na política levando por vezes os crentes a pensar que há um voto mais consentâneo com a presumível entrada no Reino de Deus. Os jornais beatos que deveriam servir para difundir a fé cristã são disso bom exemplo. Aliás, conheço vários que passam com regularidade os limites do bom senso, e que ainda por cima nunca se aproximam dos níveis mínimos de rigor jornalístico quando fazem o tratamento de material noticioso.

2. Os partidos que mais atacam estes "leves factos clericais" são os que legitimam a desculpa da legítima defesa.

3. Será que quem ouviu o sr. abade a falar lhe dá algum crédito?! Come on! Aquela vozinha irritante já não se usa! Aquela homilia serviu para mostrar que até no plano mais terreno e físico a Igreja ainda tem muito que aprender(quanto mais no espiritual!).

4. E depois?! A liberdade permite que as religiões se expressem com liberdade. O Estado é laico mas nunca ninguém disse que a Igreja é apartidária. Além disso, aquele tipo de mensagem só serve para agudizar alguns sentimentos puritanos que já existem a priori nas pessoas. Nesse caso o perigo não existe de uma forma tão evidente como muitos afirmam.

5. Quando houver a próxima votação do papa espero vivamente que o primeiro ministro português vá para o Vaticano fazer campanha pelo candidato português.

"Caros irmãos! Estou aqui a apelar ao voto no vosso irmão Cardeal português! Sim, porque já basta de injustiça e de falta de Espírito Santo. Com um Papa português eu prometo que o Espírito Santo virá não sob a forma de uma língua de fogo, mas que cada Cardeal terá direito a sete línguas de fogo..."

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