6.22.2005

Boas recordações não se vão embora

Nas aulas de educação visual de 95/96 (?) o David (não sei a partir de quando passei a chamar-lhe Vinhas) estava, como noutras disciplinas, ao meu lado. De várias histórias lembro-me desta:

A certa altura comecei a levar o walkman para ouvir música enquanto expunha a minha falta de talento nas folhas de papel cavalinho. Era uma boa forma de eu conseguir estar calado, e até podíamos ouvir as bandas com que o Vinhas aparecia de vez em quando. Uma vez pediu-me os phones do walkman durante o intervalo. Perguntei-lhe para que os queria. "Empresta aí que já vês". Emprestei-lhos. Meteu os auriculares nos ouvidos, o pinchavelho que liga ao walkman no bolso das calças, e começou a abanar a cabeça. E aí explicou: " agora entro assim na associação e toda a gente vai querer saber o que estou a ouvir e eu não digo. Depois pedem-me para ouvir e eu não deixo". Deu uma daquelas suas gargalhadas, ri-me com ele, e lá foi.

Fez isto umas quantas vezes, e eu assisti a uma ou duas, em que no final lá mostrava aos apanhados que afinal não estava a ouvir nada.

1 comentário:

Mono disse...

É mesmo à Vin :)