7.01.2005

Mosquitos

JPC fala na Maxmen deste mês dos chatos e chatas que invadiram nos últimos tempos o Rossio. Não se trata de ladrões, traficantes, pedintes ou outras personagens típicas, mas sim de uns quantos jovens que de bloco na mão, abordam qualquer inocente que se cruze no seu caminho. Como são ás dezenas, é muito difícil não esbarrar com três ou quatro! Nunca fui apanhado. A princípio a estratégia de dizer que não se estava interessado, resultava. Mas com o tempo as coisas complicaram-se. Certos dias dei por mim a abanar o indicador com o bafo da opressora bem perto do meu nariz. "Isto está mau, pensei eu". Agora não vou com tanta frequência para aqueles lados (se tivesse um jacto iria de certeza) mas o assédio crudelíssimo continua! O pior é que já ouvi histórias de quem foi apanhado, e acreditem que aquilo é mesmo terrível! JPC ensina uma táctica eficaz que é a de fingir-se surdo e mudo o que impossibilita a comunicação: processo eficiente. Ora, há uns dois meses atrás, enquanto passeava pelo Rossio reparei que a uns 20 metros tinha 2 pares olhos sobre mim. Eram duas moças do bloco (não confundir com bloco de esquerda), e com ar faminto! Nem a perspectiva de aquele olhares terem outras intenções me animou porque o que piora a fama deste grupo é que normalmente são tod@s de aspecto duvidoso. Bom, talvez se escape uma ou duas, mas não tenho conhecimento. Comecei a suar mal vi os blocos que traziam em cada mão, olhei para todos os lados à espera de me salvar e então lembrei-me! ya está, hablaré castellano! Claro que me poderiam ter respondido e aí ficaria em maus lençóis, mas pessoal com aquele aspecto nem Português sabe falar quanto mais Línguas estrangeiras... E assim, enquanto me atacavam ( e atenção que só perceberam passados p´raí 5 segundos de ataque cerrado), respondi eu :" No comprendo, no hablo portugués, perdona!" E aqui percebi que o meu accent não é tão bom como eu pensava porque a que estava decidida a fazer-me o questionário, olhou meio de soslaio depois de me deixar.

A partir de hoje devíamos começar a engendrar uma série de divertidas partidas e brincadeiras para desmoralizar esta canalha que alegremente me estraga os passeios. Por exemplo, levar um lança-chamas e pegar fogo ao bloco: "não há bloco, não há inquérito.

2 comentários:

Anónimo disse...

A melhor técnica é a que eu uso. É assim: elas vêm todas lançadas e perguntam-me se eu trabalho dentro ou fora de Lisboa. E eu mato logo o diálogo à primeira questão: Não, eu sou estudante do 2°ano de engenharia química. (De nada importa que eu na verdade seja um bem sucedido empresário, ou dirigente desportivo ou presidente de câmara...) Aí, elas sobressaltam-se. Não lhes interessa entrevistar estudantes, que geralmente, como é sabido, não têm independência financeira. E então, tentam despachar-me tão depressa quanto se tinham lançado a mim. Ah, desculpe, então não pode ser... E vão para me virar as costas. É aí que eu reverto uma situação desagradável a meu favor. E sou eu que as molesto e vou atrás delas e não as deixo escaparem-se e exijo saber tudo. Não pode ser o quê?, pergunto eu. Não lhe podemos fazer o questionário, desculpe!, dizem elas. Mas não podem fazer porquê? Oh minhas amigas! Façam! Estejam à vontade! Ah, sabe, este questionário é destinado a pessoas que trabalhem, não leve a mal... E é aí que a coisa termina.

Iwo Jima

PedromcdPereira disse...

Eh!Eh! Essa já é uma boa partida! E como arrastam pessoas para uns edifício para comprar coisas, para a próxima devia arrastá-las para sua casa e obrigá-las a ouvirem uma seca qualquer. Aí deviam aprender.