7.28.2005

Presidência

Mário Soares? Mas alguém o tem ouvido falar? Por favor! A velhice confere sabedoria e sensatez mas neste caso, o ex-presidente apresenta sinais de cansaço e alguma debilidade que convém não ignorar.O homem teve uma vida muito activa, é tempo de descansar.

Não comparar com Aníbal Silva, que alguns querem meter no mesmo saco. Aníbal não apresenta os sinais de desgaste que apresenta o hipotético adversário da sua hipotética candidatura. Eu não voto Aníbal, mas temos que distinguir as coisas.

Quase repugnante é esta parcimónia toda, como se fosse um grande favor que fazem à Pátria, além do enormíssimo frete. Isto não é assim, se querem acabar com o sistema presidencialista façam-no, mas esta macacada em que todos se fazem esquisitos para ocupar o lugar mais digno de uma Nação é que não me parece bem.

4 comentários:

PedromcdPereira disse...

Big mistake!! Não era isso que eu queria dizer porque obviamente em Portugal não vigora um sistema presidencialista. Eu referia-me ao facto de existir um presidente da República que não tem poder executivo, a que os políticos dão pouco valor. De facto, devíamos era ter um sistema presidencialista.

P.S. E agora não me apetece mudar a colossal grlha. Quem perceber, percebe, quem não perceber vem pedir justificações (legítimas) à caixa.

Anónimo disse...

O Ângulo Raso

Sei muito bem que estou sózinho. Todos os outros desertores já morreram, excepto o Gama que não foi à guerra, porque o papá disse que ele fazia xixi na cama. Como esta guerra não mata nem rouba, já posso armar-me em herói. É a guerra de um traidor no meio do seu ângulo raso. Um "homem", entre aspas, que se bate, talvez em sonho, com os fantasmas dos seus colegas, que se findaram por causa do seu gesto quando era soldado e a Pátria lutava contra os terroristas sozinha. Não há outro sentido senão este. Lutar até ao fim, coisa que não fiz no passado quando precisaram de mim. Não seria bonito se não compensasse aqueles que tombaram às mãos daqueles para onde eu desertei. Seria, aliás uma falta de educação.
Não sei ao certo em que guerra estou, ao contrário da outra, que era para defender os portugueses. Todos os dias a esta hora, meia noite, começo a ser cercado por tropas que não vejo. São os fantasmas dos meus colegas que não fugiram para o lado do inimigo comigo, e cujos nomes escrevi numa folha de papel, com as respectivas posições. Sinto-os perto de mim, sei que estão atrás de mim, sinto algo a pressionar as hemorróidas, mas não vejo ninguém. Só os safanões, as cuecas húmidas e o ardor. Por vezes pegam nos megafones e obrigam-me a chupá-los:

- Estás sozinho, és um “soldado” sozinho no meio dos terroristas teus amigos – e dão-me murros na cabeça.

Sei quem são os meus, são os turras, e que país combato, o meu. Defendo este reduto, tentando abafar o meu vergonhoso passado com poemas, mas não passo de um raso, um ser humano raso.Algures alguém me reabastece , é o Alpeida Santos, aquele que trouxe tudo e mais alguma coisa de Moçambique, enquanto os portugueses foram despojados de tudo. Quanto ao Só-Ares, combinou com o José que se ele avançasse com a Ota, onde ele é proprietário de muitos terrenos, ele dava-lhe uma ajuda nas Presidenciais.

Manuel Gay

www.blocodireita.blogspot.com

PedromcdPereira disse...

Olha, olha quem voltou! Os malucos do riso da blogosfera, sempre prontos a ajudar na estatística pobre do meu blog.

Anónimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu