10.04.2005

Príncipezinho vs Indigentezito

Lembro-me quando uma professora me impingiu o livro do Princípezinho. É tão bonito, muito bem escrito e fala de forma filosófica e sábia da vida. É claro que com esta descrição fui logo com um pé atrás para a leitura. Ainda por cima havia duas ou três raparigas na turma que tinham o livro. Essas raparigas também não inspiravam grande confiança literária. Eu, fraquito(pensava eu) gostava era dos irmão Hardy, dos Cinco,Sete e do Sherlock Holmes.(Tintim, Astérix, Ric Hochet). Pensei que até seria bom ler aquilo para contactar com outro tipo de escrita e de pensamento. Epá não gostei nadinha, e a partir daí nunca mais me impingiram literatura "bonita" e com sentido". Se calhar por causa disso é que quando comecei a ler "o processo"(não tinha ideia de que tipo de escritor era o Franz)e não percebi patavina do que estava a acontecer, é que gostei tanto e aquilo tudo fez tanto sentido para mim. Claro que ainda me tentaram estragar o gozo quando um "entendido" me disse que a escrita do Kafka era densa. Sorri e pus-me a andar sem ligar.

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