12.11.2005

Tortura & CIA (não resisti a este velho e fácil trocadilho)

Não vou definir tortura (que modesto. Como se eu o conseguisse), nem entrar em ambiguidades civilizacionais ou de conceitos. Acho até que a tortura não deveria existir sequer como conceito, cabendo-lhe um lugar entre o onírico e o etéreo apenas para lembrar o homem da bela merda que representava este conceito quando existia até (imagine-se que bárbaros eram) literal e fisicamente, sendo aplicada por certos homens em outros. Uma civilização imperfeita, evoluída e ciente da liberdade do indivíduo não pode tolerar um meio como a tortura para obter informações. A tortura é um método demasiado fácil e perfeito. Se não se consegue a informação, ao menos humilha-se e faz-se sofrer o putativo inimigo. Além disso a CIA tortura desgraçados Islâmicos que já têm que viver sem pasta de dentes que deixam o hálito refrescado, água canalizada e quentinha, sabonete (líquido) e outras coisas mais. "Não, alguns até moram mesmo na Europa e nos EUA há algum tempo!" Ainda pior, pois vivem sob a tortura e o dilema de quererem destruir aquilo que eles próprios desejariam para os seus países. Há muitas formas de obter informações, e só posso deplorar a CIA e os EUA por optarem pelo caminho fácil. Eu bem sei que esta afirmação pode causar um impacto inesperado em vários organismos da administração americana e da NATO, para não falar do Chirac que deve já andar à procura do meu número para me congratular, mas adiante que esse também deve andar com vontade de ressuscitar o Robespierre.
No dia em que os todos os habitantes dos países terroristas se puderem preocupar com a marca do sabonete que vão comprar, em vez da quantidade de comida que pode não chegar para toda a família, a paz chegará. É preciso afastar os que obnubilam os cidadãos e os forçam a ideologias que no íntimo os contrariam. E esses bárbaros que forçam a população a viver na miséria é que usam a tortura.

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