9.08.2006

Neanderthalensis

Os ginásios são uma boa demonstração de que Lúcifer trabalha bem (outra é o Ozzy). Eu, como empirista que sou, decidi comprovar que o Imundo existe. Assim que entro na sala das máquinas logo começa o meu lado bom a abespinhar-se: "mas o que é que tu andas aqui a fazer?!" E ao contrário do que seria de esperar continua: "tens em casa um belo Lomo De Cerdo de bellota em casa e vens para aqui perder uma tarde em que poderias ter um lanche Divinal, e por isso mais perto do Bem!!" Pois é, ao contrário do que se poderia pensar, não é o meu dark side que me manda comer enchidos e estar quietinho. Esse começa ás gargalhadas mal sente o bafo (e o bafio) das instalações:"another day, another massacre! Eh! Tu dá-lhe, que se saíres daqui antes das duas da manhã e com os músculos e estado pouco miserável, não terás cumprido a tua tarefa de te acercares da manada!" A manada é o homo sapiens burro. Eu sou um claro resistente do Homem de Neandertal: as pilosidades, o volume crânio-encefálico, a estatura, os ossos largos, a adaptação ao frio que me faz parecer um lago ambulante sempre que as temperaturas sobem acima dos 26º, a completa intolerância à sede, etc. Claro que os meus ante-ante-ante passados decidiram adaptar-se e quando perceberam que as mulheres Homo Sapiens eram bem mais bonitas que as Neandertais...Ala a mudar o rumo à espécie! Com o tempo chegou-se a isto, as mulheres de Neandertal foram sempre preteridas, enquanto que os homens iam-se safando com a carne e os casacos de vison que levavam ás mulheres sapiens. A parte afectiva também conta. Não sabendo comunicar tão bem oralmente como o seu rival Sapiens (isto porque entre neandertais a comunicação era já quase só telepática, tirando um grunhido ou outro na brincadeira), o Homem de Neandertal teve que se esmerar nos carinhos e afagos em geral, criando mais uma vantagem para si, criando nas mulheres uma preferência bem compreensível.

Por hoje chega que já é tarde.

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