7.01.2008

Simples

Naquele dia tudo lhe pareceu simples: virou, seguiu e andou. Quando andou, caminhou e dirigiu-se para o exacto sítio em que haveria de ter que estar se tivesse tido oportunidade de ser informado acerca da sua situação. Como não foi, aquele sítio não era mais que uma chave certa do euromilhões, por reclamar. Tão lame quanto a própria alegoria.

Quando chegou a casa no fim do dia sentiu-se tão inútil quanto o facto de ter estado no sítio em que deveria ter estado, sem que tenha chegado a ser suposto lá estar. Uma vida com antecipados acasos inacabados.

E se tentássemos organizar cada vida de forma a perceber os lugares certos na hora errada? Quantos milhares de lugares certos na hora errada? Pior! Quantas horas certas no lugar errado??!!

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