12.15.2008

Em Portugal, a política seca o mais molhado dos sonhos

Manuel alegre fala contente (no pun intended, really)da oportunidade de mudança de estratégia para o mundo. O discurso é bonito, a ideologia é demagógica e enjoativamente conhecida. Honra lhe seja feita, assente em pressupostos democráticos e do debate de ideias. Pena que da esquerda venham sempre os mesmos clichés e que a visão liberal do mundo se fique pelas malfadadas questões fracturantes. A economia de mercado diabolizou o Estado? Não, ilustre poeta. Só um alienado da sociedade, ou uma pessoa que lide preferencialmente com parte da ínfima elite intelectual liberal portuguesa(como parece ser o caso do poeta, o que só lhe faz bem)pode dizer uma enormidade dessas. Se há casos de pessoas que questionam a eficácia e a necessidade de um Estado como o que temos, a grande maioria revê-se e quer preservar a todo o custo O Estado papá que nos governa. E é essa a conversa que enfada, na esquerda. De tão medrosa, parece que não têm resposta para as dificuldades sociais que atormentam aqueles que não têm voz e tal(para poeta, Manuel poderia encontrar outros termos mais pungentes e originais para designar o pessoal que está à rasca)que não sejam as que bebem da ideologia Marxista. E aqui o camarada amigo palhaço Jerónimo tem razão em acusar estes foruns de esquerdas, macaquinhos de imitação. Onde estão as alternativas? Preocupa-me o meu futuro e preocupa-me que a vaga de fundo seja a de assegurar mecanismos arcaicos que comprovadamente não poderão abranger toda a população, mantendo a paz social com a manutenção de privilégios a quem os tem, desprezando quem está a construir o seu direito a uma cidadania decente.

À direita, a música não é outra, é ruído. Manuela Ferreira Leite ainda nem descobriu o caminho de cabras, quando se deveria ter candidatado à presidência do PSD com autoestrada devidamente alcatroada e portagem, preferencialmente. As gaffes não são mais que reconhecimentos de incapacidade de encontrar soluções diferente às que o trapalhão governo tem aventado como quem atira o dardo numa competição Olímpica, só que com cada ensaio atinge um espectador esperançado num bom resultado. Muitas feridas se esperam até ao fim da legislatura, uma vez que Sócrates ainda nem sequer se virou para o relvado.

Paulo Portas, a desilusão de estimação, congratulou-se hoje, qual Saddam aqui há atrasado, de ter tido 95% dos votos. Contente como Alegre, (aqui sim, pun intended) diz que o partido está calmo e que o líder não tem desculpas. Desculpas para quê Paulo? Para ver o país mais uma vez derivar à esquerda como se o Prec não tivesse existido, em que o CDS apresenta energúmenos como alternativas como aquele "gajo jovem" agora com barba, que não consegue dizer três frases sem que a um operário lhe apeteça partir-lhe o focinho? Desculpas para se bater pelos proverbiais dois dígitos? E o país? Já chega, é altura de demosntrar que se é diferente dos autocráticos e dos monárquicos e dar lugar a outros. Sim Pires de Lima, está na altura de deixar de emborcar super bock de sabores nojentos e transformar o CDS num parido decente. Não um CDS em que eu vote, um decente chega.

Sem comentários: